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Brasilgel - Carragena Kappa
Carragenas são um grupo de polissacarídeos naturais que estão presentes na estrutura celular de algas do tipo Rodophyceae. Estes polissacarídeos têm a particularidade de formar coloides e géis em meios aquosos a concentrações muito baixas. Utilizada como agente espessante em produtos que se preparam a altas temperaturas.
Características do produto:
Gel transparente e termorreversível, conseguindo uma ampla variedade de texturas desde muito elásticas e coesas, até géis firmes e quebradiços, dependendo da combinação das frações que se utiliza.
Principais vantagens:
Carragena é muito rica em minerais como ferro, zinco, potássio, magnésio, iodo, fósforo, cobre, cálcio, vitaminas do complexo B e algumas betacaroteno alem do elevado teor de fibras.
Propriedades:
O poder de geleificação da Carragena é muito maior em leite devido a sua interação com a caseína. Utilizando-se concentrações de Carragena bem menores do que em sistemas aquosos obtém-se géis de mesma textura.
Aplicações:
Devido suas propriedades funcionais, a Carragena é utilizada tanto pela indústria alimentícia como cosmética e farmacêutica. Cerca de 70% dos produtos da indústria alimentícia utilizam Carragena, existindo vários usos tanto em produtos aquosos, cárnicos e lácteo.
Uso:
Estabilização de gordura, espessamento, suspensão e gelificação.
Dosagem:
Usar em quantidades recomendadas ou sugeridas nas receitas.
O que é Carragena?
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As carragenanas são polissacarídeos sulfatados utilizados principalmente na indústria alimentícia, de cosméticos e têxteis, como agente estabilizante, gelatinizante, espessante e emulsificante.
(Craigie & Leigh 1973; Craigie 1990, Lewis et al. 1990; FAO 2003; Hayashi et al. 2007)
![Figura 1: Estrutura de kappa e iota carragenana. A letra “a” e a “b” referem-se aos monômeros que formam cada dímero do polímero da carragenana. Adaptado de Reis (1998). Figura 1: Estrutura de kappa e iota carragenana. A letra “a” e a “b” referem-se aos monômeros que formam cada dímero do polímero da carragenana. Adaptado de Reis (1998).](http://www.carragenabrasil.com.br/ba/wp-content/uploads/2011/06/goes1.png)
R = H Þ kappa carragenana
R = SO3 Þ iota carragenana
![Figura 2: Estrutura da lambda carragenana. A letra “a” e a “b” referem-se aos monômeros que formam cada dímero do polímero da carragenana. Adaptado de Reis (1998). Figura 2: Estrutura da lambda carragenana. A letra “a” e a “b” referem-se aos monômeros que formam cada dímero do polímero da carragenana. Adaptado de Reis (1998).](http://www.carragenabrasil.com.br/ba/wp-content/uploads/2011/06/goes2.png)
A demanda mundial de matéria prima para a produção de kapa carragenana é crescente principalmente devido ao aumento de novos mercados (Ask & Azanza 2002). Estima-se um aumento anual de cerca de 5% ao ano para as próximas décadas (Eklöf et al. 2005).
Das famílias das carragenanas a mais utilizada comercialmente é a kappa, que fornece gel mais duro e quebradiço e a iota com gel mais macio e elástico (Reis 1998). Ambos os géis são termo reversíveis. A fração não gelatinizante, a lambda, tem como principal característica viscosidade elevada. Esses polissacarídeos são utilizados principalmente na indústria alimentícia por produzirem soluções de alta viscosidade e géis e por reagirem com proteínas, especialmente com a caseína (presente no leite). Isso possibilita a preparação de géis à base de leite resistentes (Glicksman 1987). Outras importantes aplicações são com cosméticos, fármacos, suspensões industriais e tinturas (Piculell 1995).
Industrialmente se distinguem dois tipos de carragenanas: a refinada que é uma carragenana mais límpida, pura e com maior força de gel e a semi-refinada que é mais rica em celulose, de obtenção mais rápida e menos onerosa. Os métodos de extração de carragenanas são diversos. Basicamente, envolvem lavagens, seguidas da digestão em água quente ou soluções levemente alcalinas (Hayashi 2001). O procedimento para obtenção de carragenana semi-refinada consiste de lavagens das algas para remoção de tudo que se dissolva em solução alcalina, deixando a carragenana e outras matérias insolúveis na estrutura do talo. Esse resíduo insolúvel, composto por carragenana e celulose, é seco, moído e embalado como carragenana semi-refinada (McHugh 2003). A funcionalidade das carragenanas em suas várias aplicações depende de suas propriedades reológicas. A dureza e a viscosidade do gel estão entre as propriedades mais visadas na aplicação comercial dos ficocolóides (Craige 1990).
A formação do gel termo reversível consiste na formação de duplas-hélices da cadeia de carragenana, obtida através de aquecimento (Fig.3). Com o resfriamento, estas duplas-hélices se agregam formando uma rede tri-dimensional através da associação de várias cadeias permitindo que a hélice de uma cadeia possa formar hélices com outras cadeias, provocando a formação de géis (Glicksman 1983).
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Em 1997, devido ao grande avanço nas técnicas de extração e conseqüente melhoria destes ficocolóides, a carragenana semi-refinada foi liberada para consumo humano, pela U.S Food and Drug Administration, o que ocasionou um aumento no mercado que pertencia a carragenana refinada, principalmente por indústrias farmacêuticas e em alguns produtos lácteos. Tal liberação propiciou um aumento na gama de produtos de mercado para a carragenana semi-refinada devido ao preço mais acessível.